O nome de Deus é Jeová? De quem são “testemunhas” os membros da Sociedade “Torre de Vigia”?

imagesMuitas vezes, quando uma “testemunha de Jeová” quer expor a sua doutrina sobre “o nome de Deus”, parte da idéia que cada um de nós tem um nome e gostamos de sermos chamados por ele. O nome, na mentalidade deles, tanto para as pessoas como para Deus, seria o aspecto mais importante e não deve ser negligenciado. Admitiriamos sem reservas esta premissa um tanto lógica, se as “testemunhas” não estariam a contradizer-se! Sendo perguntados quais são os nomes dos editores da Biblia deles (a tradução do “Mundo Novo”), eles respondem: ”Somente Deus deve ter um nome: Jeová. Para um indivíduo, ter um “nome” significa estompar a grandeza divina” [1]. Assim como claramente podem concluir desta frase, o homem nem sequer tem um nome em comparação a Deus e então, o pequeno truque prozelita deles não funciona. Ou será que se trata de outro nome? Também isso não está claro, já que, na opinião deles, um nome humano poderia “estompar a grandeza divina”… Uma coisa é clara: nem “as testemunhas de Jeová” sabem se “o nome de Deus” pode ser, dalguma forma, comparado a “o nome dum indivíduo”… Neste caso, o que é “o nome de Deus”? Existe um “nome” semelhante? Varias vezes, tanto antes de Moisés (Gênesis 32:29), como depois dele (Juizes 13:17-18), Deus Se recusa a dizer Seu “nome”. Podemos até dizer que Deus Se recusa a atribuir a Ele um nome porque,assim como dizia São Dyonisios o Areopagita, Ele é “Aquele com varios nomes” e “acima de qualquer nome”. Somente este apofatismo é verdadeiramente digno da “grandeza de Deus” da qual falam “as testemunhas”. Assim como veremos daqui adiante, mesmo quando Deus Se revelou a Moises como sendo “Javé” (Exodo 3:14) [2], Ele somente revelou a ele mais um dos varios e inúmeros atributos Dele e não “um nome proprio”. Mesmo aceitando a ideia que “Javé” seria um nome proprio, temos que ver a que Pessoa divina deve ser atribuido, pois não é possivel que três Pessoas tenham o mesmo nome proprio. As Pessoas da Santissima Trindade podem ser caracterizadas juntas e inseparávelmente com os mesmos atributos divinos, mas, quando falamos de “nome”, este somente pode ser duma unica pessoa. Éis que, desta forma,chegamos a nos confrontar com uma outra heresia sostida pelas “testemunhas de Jeová”, que diz que “a Trindade não existe” e que “Jesus Cristo, O Filho de Deus, não é Deus” e que o Espirito Santo não é mais que uma “energia activa”. Não nos propomos demonstrar logica e teologicamente a existência da Santissima Trindade. Mas é interessante que, debatendo o problema do “nome de Deus”, vamos concluir naturalmente que Jesus Cristo é Deus. E se Jesus Cristo é Deus, como ensinam todos os cristãos, então o Espirito Santo tambem é Deus, ou seja,temos um Deus Trinitario e a doutrina das “testemunhas” é herética e aberante. Passemos, então, a leitura da Biblia e aos sentidos que inferimos dos textos disputados: ”As testemunhas de Jeová” consideram que Deus (unico em essência / pessoa – eles nao diferenciam essas duas noções) revelou a Moises Seu nome e esse nome é “Jeová”. Tambem dizem que esse nome significa “Jeová Se autodetermina com sabedoria a virar qualquer coisa que for necessaria a virar, para conseguir Seus propositos” [3].Além da leitura errada da tetragrama biblica יהוה (YHWH), coisa que eles reconhecem (sobretudo já que a apresentam muito diferente na transposição em varias linguas do mundo)[4], a interpretação que eles dão a este nome é totalmente heretica e sem lógica. Por um lado, falam de alguns “propositos” de Deus que, evidentemente, só podem ser raportados a este mundo (a dimensão ad extra) e, por outro lado, falam duma “autodeterminação” e “transformação” de Deus que, logicamente, se referem ao Proprio Deus (dimensão ad intra). Se “as testemunhas” não fazem essa diferença entre as dimensões ad intra e ad extra de Deus, significa que eles criam um deus segundo a sua imaginação, que “se autodetermina” e “transforma” Sua natureza dependendo das pessoas, e se essa “autodeterminação” e “transformação” não se refere a essencia de Deus, mas significa a capacidade de adaptação ao entendimento e à inferioridade dos humanos, ou seja um tipo de camaleão, concluimos que este “nome de Deus” não se refire mais a Ele, mas a essa capacidade de ser camaleão… Enfim, nunca poderemos entender, se formos seguir esta linha de argumentação das “testemunhas”. Acho que precisamos tratar o problema dum outro jeito, seguindo uma logica saudável e uns rigores cientificos que nao desafiem nem a lógica, nem a filosofia (não no sentido ideológico, mas terminológico) e, é claro, nem a teologia. Devemos destacar que, no Antigo Testamento, a Deus Lhe são atribuidos mais de 80 “nomes”, mas nenhum deles é um “nome proprio”, mas são nomes de atributos e obras de Deus. O “nome” mais comum é, em verdade, Javé (6823 vezes segundo a conta dos judeus e 6928 vezes segundo a conta dos protestantes). Além deste nome, encontramos tambem: Javé-Savaoth (268 vezes), Javé-Elohim (42 vezes), Javé-Adonay (5 vezes), Adonay (131 vezes), Ja (26 vezes; abreviação de Jave), Eloah ou Elohim (57 de ori), [El-] Şaddai = Todo-Poderoso (48 vezes) etc. [5]. É relevante tambem o fato que, no Novo Testamento, o nome Javé não aparece. Nem O Salvador Jesus, nem os Discipulos nunca procuraram difundir o nome Javé e isso tem várias explicações: Read more about O nome de Deus é Jeová? 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